Projeto e Critérios Executivos de
Pavimentos Industriais de Concreto Armado
meno um pouco mais a fundo.
Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que todas as placas de concreto estão sujeitas ao empena-
mento, sejam elas finas, grossas, armadas, protendidas, ligadas a uma estrutura ou apoiadas em
base elástica e isso ocorre sempre que há uma diferença de temperatura ou de umidade entre as
faces inferior ou superior.
Nos pavimentos industriais ela é mais evidente por conta das maiores diferenças termo-higrométri-
cas que ocorrem, por exemplo, durante o dia ou à noite
figura 5.9
.
Breadbury (Huan, 1996)
estudou bastante este tema e estabeleceu expressões para o calculo das
tensões tanto para placas de comprimento infinito como para as de comprimento finito.
Adotando o plano cartesiano como referência, a tensão é zero nas bordas e vai crescendo a medida
que se afasta delas, sendo que no interior da placa ela será produto da soma vetorial das tensões
Cx
(eixo x)
e
Cy (eixo y)
.
As tensões irão crescer até que seja atingido o comprimento crítico da placa, cerca de nove a dez
vêzes o raio de rigidez da placa, decrescendo então para um valor constante que é cerca de
90%
da máxima:
As tensões de empenamento de origem térmica podem ser calculadas pelas expressões:
Onde:
σ
x
e
σ
y
são as tensões em x e y;
C
x
e C
y
são os coeficientes de Bradbury
(ver figura 5.11)
;
E é o módulo de elasticidade do concreto;
α
é o coeficiente de dilatação térmica do concreto;
t
a variação térmica entre as faces superior e inferior;
µ
é o coeficiente de Poisson do concreto.
σ
x
= . E.
α
t
C
x
+
µ
.C
y
2(1 -
µ
2
)
σ
y
= . E.
α
t
C
y
+
µ
.C
x
2(1 -
µ
2
)
66
Figura 5.9
1...,54,55,56,57,58,59,60,61,62,63 65,66,67,68,69,70,71,72,73,74,...101