Instituto Brasileiro de Telas Soldadas
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6.6 - Juntas de Construção
6.7 - Juntas de Encontro - JE (ou juntas de expansão)
Os tipos de juntas de construção devem ser necessariamente com barras de transferência, simi-
lares às empregadas nas juntas serradas. Sistemas de transferência de carga do tipo macho e
fêmea devem ser evitados
(ACI, 1996)
por não garantirem a transferência de carga adequadamente
devido à retração do concreto
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; além disso, as dificuldades executivas e a ocorrência de fissuras
próximo à borda longitudinal, causadas pela baixa capacidade de transferência de carga, vêm fazen-
do com que o seu emprego seja cada vez menor.
As juntas de construção são geralmente mais susceptíveis a quebras devido ao acúmulo de arga-
massa nas bordas, além de empenarem com mais facilidade do que as serradas, devendo ser
reduzidas à menor quantidade possível.
As juntas de expansão são empregadas sempre que houver o encontro do piso com a estrutura do edifí-
cio, com bases de máquinas ou quando ocorrer necessidade de se isolar duas ou mais partes do piso.
É muito comum ainda emprego de juntas de expansão entre placas para prevenir o aumento de com-
primento em função de mudanças de temperatura, mas esse procedimento é desnecessário, visto que
cada junta de retração (serrada ou de construção) funciona como uma pequena junta de dilatação; isso
ocorre porque a retração hidráulica do concreto será sempre superior à dilatação que ele pode apre-
sentar em condições usuais de temperatura.
Além do mais, juntas de dilatação apresentam abertura muito elevada e são difíceis de serem seladas,
transformando-se em um problema crônico para a manutenção do piso.
As juntas serradas são normalmente ortogonais à maior direção da placa, sendo portanto sujeitas às
maiores movimentações em função da retração do concreto. Para que funcione adequadamente, é
necessário que haja um sistema eficiente de transferência de carga entre as placas contíguas, já que as
hipóteses de cálculo levam em consideração apenas as tensões que ocorrem no interior das placas
(Yoder
& Witczak, 1975)
e geralmente as de borda ou canto, que são mais elevadas, são desconsideradas.
Os mecanismos de transferência que podem ocorrer pelo próprio intertravamento dos agrega-
dos na região enfraquecida da junta, só são eficientes com placas muito curtas e deve-se, por-
tanto, dar-se preferência ao emprego das barras de transferência, que são mecanismos mais efi-
cazes e confiáveis.
A moderna tecnologia construtiva para pisos impõe a concretagem
em faixas, limitadas pelas juntas longitudinais. Após o período de
cura inicial, para permitir que o concreto alcance resistência sufi-
ciente para suportar o corte por meio da cortadora de junta, são feitos
cortes no sentido transversal da faixa, que definirão as juntas trans-
versais serradas. A profundidade do corte deverá ser:
a - Pelo menos de 40 mm;
b - Maior que 1/4 da espessura da placa;
c - Menor que 1/3 da espessura da placa.
6.5 - Juntas Serradas
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O sistema macho e fêmea apresenta bom funcionamento em pavimentos rodoviários onde é empregada barras de ligação que mantém a junta forte-
mente unida; esse procedimento não é possível em pavimentos industriais, pois a junta precisa trabalhar para acomodar a retração do concreto.
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