Projeto e Critérios Executivos de
Pavimentos Industriais de Concreto Armado
As juntas podem ser classificadas de acordo com o método executivo e função, em junta de cons-
trução, junta serrada e junta de encontro:
a - Junta de construção (JC):
esse tipo de junta, como o próprio nome sugere, é empregado
em função da limitação dos equipamentos de construção e devem ser executadas com dis-
positivos de transferência de carga, como as barras de transferência
(figura 6.3)
.
b - Junta serrada (JS):
é empregada para permitir a acomodação das tensões geradas pela
retração do concreto e o seu espaçamento é função da taxa de armadura empregada. É
sempre importante o emprego de barras de transferência
(figura 6.4)
, importantes também
no controle do empenamento da placa.
c - Junta de encontro (JE)
, também chamadas de juntas de expansão: situada nos encontros do
piso com peças estruturais ou outros elementos, como canaletas e bases de máquinas, que
impeçam a livre movimentação do piso
(figura 6.5)
,
podendo possuir barras de transferência
(quando há tráfego sobre elas) ou não. No caso de pilares, há diversas alternativas, como as
juntas diamante ou circulares
(figuras 6.5 a e b)
ou mesmo o emprego da junta de encontro
convencional
(figura 6.5)
;
neste caso haverá cantos reentrantes que deverão ser armados.
O espaçamento entre as juntas em um pavimento rígido irá depender do seu tipo - simples, com
armadura distribuída ou estruturalmente armado - e da espessura da placa, do coeficiente de atrito
da placa com a sub-base e condições de cura.
Em pavimentos não armados, deve-se tomar extremo cuidado com o espaçamento entre as juntas, que
precisa ser cuidadosamente adotado. Durante a execução do piso, é necessário um monitoramento
intenso para verificar se não estão ocorrendo fissuras causadas pela retração do concreto.
Essas fissuras ocorrem quando o espaçamento das juntas foi subestimado e as tensões de tração
originadas pela restrição ao movimento da placa, devido ao atrito com a sub-base, excedem à ten-
são de ruptura do concreto, ou quando as condições de cura estão inadequadas e o concreto retrai
mais rapidamente do que aconteceria em condições normais, fazendo com que as tensões induzi-
das pelo movimento ocorram em um período em que a resistência do concreto não está plena-
mente desenvolvida e, portanto, incapaz de suportá-las.
No piso não armado, a ocorrência dessas fissuras leva a sérios problemas, já que passam a traba-
lhar como verdadeiras juntas, e, por não estarem seladas, deterioram-se rapidamente, havendo a
necessidade de sua recuperação. Esta muitas vezes consiste em cortar uma faixa no local e criar
uma junta na reconcretagem.
Recomenda-se em pisos não armados a acurada observação na região central das placas, pois, quando
ocorrem, essas fissuras são de pequena luz, quase imperceptíveis. O espaçamento recomendado para
esse tipo de piso varia de pouco mais que 3 m, para espessuras de placa de 125 mm, até em torno de
8 m, quando esta for de 250 mm
(PCA, 1983)
.
Em nosso meio, são comuns os pisos com espessura
em torno de 150 mm; nessas condições, tomando-se cuidados extremos com os parâmetros de dosa-
gem e cura, dificilmente pode-se adotar placas maiores do que 5 m.
6.3 - Classificação das Juntas
6.4 - Espaçamento das Juntas
70
1...,58,59,60,61,62,63,64,65,66,67 69,70,71,72,73,74,75,76,77,78,...101