Instituto Brasileiro de Telas Soldadas
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EXECUÇÃO DA FUNDAÇÃO
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7.1 Introdução
7.2 - Preparo do Subleito
É muito comum observarmos problemas de recalques ou rupturas de pavimentos industriais e
eles serem creditados a problemas de projeto ou da execução do piso propriamente dito quando
na realidade são fruto de problemas de preparo do terreno de fundação que na nossa nomen-
clatura se trata do
subleito
e da
sub-base
.
Como toda estrutura, a execução da fundação, ou seja, o preparo do
subleito
e da
sub-base
,
deve ser revestido dos cuidados necessários, muito embora, como foi observada em capítulos
precedentes, a sua presença em condições normais de utilização não acarrete uma redução
expressiva da espessura final da placa. Todavia, é preciso que as premissas assumidas sejam de
fato encontradas no sistema, notadamente com relação à homogeneidade.
Outro aspecto importante a ser levado em consideração é a questão econômica, já que uma sub-
base bem executada e com estreita tolerância de nivelamento proporciona a execução da placa
na espessura correta, com considerável economia de material.
A primeira verificação que deve ser feita é verificar se de fato o solo local apresenta as caracte-
rísticas que foram empregadas no dimensionamento. Embora pareça primário, esse procedi-
mento é necessário pois pode ter ocorrido correções de greide do terreno com material impor-
tado de característica distinta do considerado inicialmente ou mesmo ter havido problemas na
coleta e identificação do solo.
Feito isso o preparo do subleito passa a ser apenas uma questão de compactação, já que não
importa o
CBR
do solo, este tem que estar adequadamente compactado, devendo atingir pelo
menos 95% da energia do
Proctor
1
Normal - PN
.
Há infelizmente muitos equívocos com relação à compactação, pois se compararmos dois solos
que apresentem in situ o mesmo valor de
CBR
, terá melhor desempenho aquele que apresentar
maior grau de compactação. Isso ocorre por que o solo apresenta comportamento mais próximo
do elástico quando adequadamente compactado caso contrário, tende a apresentar deformações
plásticas prejudiciais ao pavimento.
A compactação de um solo é função de dois parâmetros: a energia empregada e o teor de umi-
dade do solo. Para uma mesma energia, variando-se a umidade
2
, obtém-se uma curva similar a
da
figura 7.1
; os ramos ascendentes e descendentes são tomados como reta e a concordância
entre elas é associada a uma parábola e o seu cume define o par de valores - umidade ótima e
densidade seca máxima
3
- válidos para aquele solo na energia empregada.
1
Deve-se ao engenheiro americano Ralph Proctor os primeiros estudos de compactação de solos, durante a primeira metade do Século XX,
tendo sido dele as primeiras observações ligando a densidade seca máxima com o teor de umidade (Senço, 1997).
2
Define-se umidade como: w =
massa da água
x 100
massa dos sólidos
3
A umidade ótima é muito próxima e um pouco abaixo do limite de plasticidade do solo (Pinto, 2002)
1...,63,64,65,66,67,68,69,70,71,72 74,75,76,77,78,79,80,81,82,83,...101