Instituto Brasileiro de Telas Soldadas
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A concretagem do piso, como já pudemos destacar nos capítulos anteriores, reveste-se de especial
interesse devido à sua influência marcante no seu desempenho final, pois a ela podem ser associadas
diversas patologias, como as baixas resistências à abrasão, fissuras de natureza plástica, delaminações,
texturas incorretas, baixos níveis de planicidade e nivelamento, absorção elevada etc.
Essas patologias sinalizam que a concretagem deve ser objeto de intenso controle executivo, precedi-
do de treinamento dos operários que irão executá-la. É recomendável que seja feito preliminarmente
um pequeno trecho experimental, que poderá ser usado também como padrão de qualidade.
Esse procedimento, embora extremamente simples, permite que se estabeleça de maneira clara e
inequívoca uma referência executiva inquestionável, principalmente no que se refere à textura superfi-
cial, parâmetro de avaliação subjetiva.
CONCRETAGEM DO PISO
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9.1 - Introdução
Portanto, a primeira premissa para que isso ocorra é que pelo menos metade da barra esteja com
graxa ou outro desmoldante, para impedir a aderência ao concreto; a prática de enrolar papel de
embalagens de cimento, lona plástica ou mesmo a colocação de mangueira na barra é prejudicial
aos mecanismos de transferência de carga, pois acabam formando vazios entre o aço e o concre-
to, devendo ser evitada.
Em segundo lugar, o conjunto de barras deve estar paralelo entre si, tanto no plano vertical como ho-
rizontal, e concomitantemente ao eixo da placa. Nas juntas serradas, as barras de transferência de-
verão ser posicionadas exclusivamente com o auxílio de espaçadores, que deverão possuir disposi-
tivos de fixação que garantam o paralelismo citado.
Nesses casos, recomenda-se que toda a barra esteja lubrificada, permitindo que, mesmo que ocor-
ra um desvio no posicionamento do corte, a junta trabalhe adequadamente.
Nas juntas de construção ou de encontro, as barras devem ser fixadas também
às formas, mas não se pode preterir os espaçadores. É bastante comum encon-
trar em obras barras de transferência que não foram fixadas com dispositivos au-
xiliares, mas apenas apoiadas na forma. Com a concretagem, fogem completa-
mente do paralelismo necessário e nem sempre o diâmetro elevado permite um
bom realinhamento. A técnica de alinhar as barras manualmente logo após o
lançamento do concreto é válida.
O concreto empregado em pisos difere em diversos aspectos do normalmente empregado em
estruturas, muito embora a maioria dos construtores desconheça essas diferenças e aplique indis-
criminadamente qualquer concreto. Destas, as principais são:
9.2 - Aspectos Tecnológicos do Concreto Fresco
Barra de Transferência
1...,69,70,71,72,73,74,75,76,77,78 80,81,82,83,84,85,86,87,88,89,...101