Instituto Brasileiro de Telas Soldadas
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9.3 - Fôrmas
É bastante comum deparar-se com orçamentos de pisos que não consideram as fôrmas no seu custo,
ou reservam para esse item um valor pequeno, insuficiente para cobrir as necessidades primárias.
No momento da execução, o construtor acaba lançando mão de soluções improvisadas, sendo fre-
qüente, por exemplo, o emprego de sarrafos ou tábuas, presos simplesmente à sub-base ou sub-
leito por meio de pontas de ferro de construção. Quando da concretagem, as formas cedem à
pressão do concreto, formando uma junta sinuosa, que dificilmente pode ser seguida pela serra,
quando da formação do reservatório do selante.
As conseqüências são previsíveis e desagradáveis, pois nos lugares em que a serra não acompanha o
traçado inicial formar-se-ão duas juntas, com probabilidade quase certa de destaque do concreto, for-
mando verdadeiros buracos nas placas. Esses problemas podem ser perfeitamente contornados pela
simples adoção de fôrmas apropriadas que cumpram os requisitos:
- tenham linearidade superior a 3 mm em 5 m;
- sejam rígidas o suficiente para suportar as pressões laterais produzidas pelo concreto;
- sejam estruturadas para suportar os equipamentos de adensamento do tipo réguas vibratórias
quando estas são empregadas;
- devem ser leves para permitir o manuseio sem o emprego de equipamentos pesados e práti-
cas para que a montagem seja rápida e simples;
- a altura deve ser ligeiramente inferior à do piso.
Experiências coroadas de sucesso têm sido feitas com o emprego de perfis dobrados tipo
U
, que
aliam rigidez com leveza, apresentando custos compatíveis com o serviço, embora os perfis lami-
nados sejam mais adequados pois apresentam cantos em ângulo reto, enquando os primeiros for-
mam bordas arredondadas.
O sistema de fixação é feito com o emprego de pontas de ferro com diâmetro de pelo menos 16
mm e cunhas de madeira, por meio de furos nas abas do perfil, distanciados cerca de 50 cm. Na
alma são deixados os furos para a passagem das barras de transferência.
A maior limitação dessa fôrma está no fato de que, se não for adequadamente transportada e
armazenada, pode sofrer empenamentos que trarão como conseqüência mais grave a perda de pro-
dutividade, causada pela maior dificuldade em seu alinhamento.
Outro tipo de fôrma
(Concrete Construction Magazine, 1984)
que pode ser empregada com bas-
tante sucesso, principalmente em pisos que exijam alta precisão, são as de perfis pré-fabricados de
concreto, similares a trilhos ou com outra seção simétrica, que ficam incorporadas ao piso.
Entretanto, seu custo acaba limitando a sua utilização.
As fôrmas de madeira, compostas por vigas de perobas ou outra madeira similar, são facilmente
manuseadas, trabalhadas e retificáveis. Por essas características, são bastante empregadas para
pisos com elevado grau de qualidade superficial.
As formas devem possuir aberturas que permitam o posicionamento adequado das barras de trans-
ferência, cuja tolerância de colocação é ± 25 mm no plano horizontal e ± 12,5 mm no vertical e o
1...,75,76,77,78,79,80,81,82,83,84 86,87,88,89,90,91,92,93,94,95,...101