Instituto Brasileiro de Telas Soldadas
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a - Material passante na peneira 50,8 mm superior a 80%;
b - Material passando na peneira 4,8 mm superior a 50%;
c - Material passando na peneira nº 40 superior a 15%;
d - Material passando na peneira nº 200 inferior a 50%;
e - Limite de liquidez do ligante menor que 45;
f - Matéria orgânica inferior a 2%;
g - Teor de SO
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inferior a 0,2%.
O teor de cimento necessário para estabilizar um solo é função de suas características físico-quími-
cas. A experiência tem demonstrado que:
a - Todo solo composto por pedregulho e areia pode ser estabilizado com um teor mínimo de
7% de cimento;
b - As areias silto-argilosas com pedregulhos, desde que contenham menos que 50% de silte
mais argila, também deverão ser estabilizadas com teor mínimo de 7%;
c - Todo solo contendo menos de 20% de argila e menos de 50% de silte + argila, mas que não
contenha pedregulho, poderá ser estabilizado com teor de cimento variando de 5 a 12%.
Regra geral para optar-se por essa solução é que os solos arenosos são mais eficientes como solo-
cimento, graças à facilidade com que a mistura pode ser executada, apresentando também exce-
lente resposta com baixos teores de adição
(SMC)
. No outro extremo, as argilas plásticas são
extremamente difíceis de se misturar ao cimento, exigindo grande experiência por parte do profis-
sional que irá executar essa mistura.
A
figura 2.6
apresenta o incremento de
k
em função da presença de sub-base do tipo
SMC
enquan-
to a
figura 2.8
foca as bases estabilizadas com cimento.
Brita graduada tratada com cimento
Trata-se de uma sub-base intermediária entre o solo-cimento e o concreto compactado com rolo
(Balbo, 1993)
. A brita graduada tratada com cimento
(BGTC)
tem bom desempenho e aceitação
como sub-base de pavimentos rígidos, como os pisos industriais, e é particularmente interessante
no caso dos pavimentos reforçados, que assumem baixa espessura de placa.
Este fato deve-se a que bases estabilizadas que apresentam elevado módulo, como o
concreto
compactado com rolo (CCR)
ou a
BGTC
acabam trabalhando em conjunto com a placa de con-
creto em um sistema de placas duplas não aderidas, onde a capacidade de absorção de esforços
está ligada à matriz de rigidez de cada placa
(Huang, 1993)
.
Sob o ponto de vista estrutural a
BGTC
é considerada um caso particular do solo-cimento e o seu
incremento estrutural é avaliado, por falta de dados mais apropriados com as curvas de
SMC (Pitta,
1996)
como pode ser visto na
figura 2.5
.
Na realidade, esta avaliação acaba sendo muito conservadora, visto que o módulo de elasticidade
da
BGTC
faz fronteira com o do concreto compactado com rolo, mostrando capacidade estrutural
acima das misturas de solo melhorado com cimento.
As espessuras usuais situam-se entre 10 e 20 cm e a resistência à compressão simples aos 7 dias
deve ser superior a 3,5 MPa. Deve-se atentar para o limite superior da resistência, que, se for muito
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