Instituto Brasileiro de Telas Soldadas
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O momento gerado pode ser calculado pela expressão M = , onde E, I,
δ
e L representam respectivamente o
módulo de elasticidade do concreto, o momento de inércia da placa, a deformação observada e a distância entre as inflexões da linha
elástica da placa
(Bowles, 1996)
.
4
No presente caso, considera-se como material fino aquele que passa pela peneira 0,075mm (#200).
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A bica corrida é um material resultante da britagem, sem que haja preocupações de classificação granulométrica.
Embora o pavimento rígido seja capaz de excelente performance mesmo sobre solos de baixa
capacidade de suporte, como os mais plásticos compreendidos entre as denominações A-5 até
A-7, no caso dos pavimentos industriais deve ser feita uma ressalva relativa aos carregamentos
permanentes - como as estanterias em áreas de depósito – que podem levar a deformações,
gerando fissuras nas áreas descarregadas, normalmente os corredores, causadas pelo momen-
to negativo que ocorre na mudança de inflexão da linha elástica da laje
3
.
Esse tipo de fissura tem causado aborrecimentos e indignações, pois elas acabam ocorrendo nas
áreas menos solicitadas - visto que o carregamento pontual de estanterias supera, com raras
exceções, as ações dinâmicas das empilhadeiras. Nestes casos, é recomendável a execução de
um reforço do subleito, em espessura variável, executado com solo importado ou - o que muitas
vezes pode ser uma excelente alternativa - o emprego de solo-brita.
O solo-brita, como o nome sugere, corresponde a uma mistura de solo com brita em proporções
tais que permitam ganho expressivo da capacidade de suporte e muitas vezes são empregados
inclusive como base de pavimentos flexíveis, devendo seguir necessariamente uma curva granu-
lométrica pré-estabelecida
(Yoder & Witczak, 1975)
, como as propostas pela
AASHTO
.
Em geral, a capacidade de suporte dessas misturas irá variar em função do teor de finos
4
, pois
quando ele é muito baixo, ocorrem muitos vazios na mistura, cuja estabilidade depende exclusiva-
mente do contato entre partículas; a medida que o teor de finos aumenta, tanto a massa específi-
ca seca e o
CBR
aumentam, até que, em determinado ponto, as partículas maiores perdem o con-
tato entre si, passando a flutuar nas partículas finas, levando a um decréscimo tanto da massa
específica seca como do
CBR
. É interessante notar que os máximos das duas propriedades citadas
não são coincidentes no teor de finos da mistura, sendo que o do
CBR
é obtido com teor ligeira-
mente mais baixo.
Para o efeito desejado de apenas reduzir a plasticidade do subleito, normalmente não são respei-
tadas curvas granulométricas com muita rigidez, pois adições de birta- normalmente se emprega
a bica corrida
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- sempre elevará a capacidade de suporte do subleito, sendo freqüentemente
empregados teores que variam entre 30% e 50%. O solo-brita pode ser empregado também com
sucesso para o controle de solos siltosos expansivos.
No presente caso recomenda-se a utilização de solo-brita como base apenas em casos especiais,
quando for possível o controle da umidade durante a fase de execução da obra.
6EI
δ
L
2
2.3 - Tipos de Sub-bases
Pode-se dividir as sub-bases para pavimentos rígidos em dois grupos
(Pitta, 1989):
sub-bases
granuladas e sub-bases estabilizadas. A
figura 2.2
apresenta os tipos mais comuns de sub-bases
para pavimentos de concreto.
Há ainda outros tipos de sub-bases estabilizadas, como as que utilizam a cal, betume ou outras
substâncias químicas, que, todavia, não serão objeto de análise neste trabalho, por não repre-
sentarem parcela significativa de utilização.
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