Projeto e Critérios Executivos de
Pavimentos Industriais de Concreto Armado
3.4 - Aditivos
O uso de aditivos está bastante disseminado entre os tecnologistas de concreto, sendo empregado
em praticamente todas as obras, existindo uma vasta gama de produtos: redutores de água, retar-
dadores, aceleradores, superplastificantes, além daqueles que incorporam mais de uma função.
Normalmente na execução dos pavimentos industriais a facilidade no lançamento do concreto é
quase uma constante, não havendo, na maior parte das aplicações, a necessidade do emprego de
misturas super-fluídas ou de concretos auto-adensáveis. Apesar de tentadora, pela enorme facili-
dade que oferece, a utilização de concreto auto-adensável deve ser feita com critério para que não
haja segregação da mistura, exceto quando se emprega aditivo adequado a este fim.
6
ASTM C33: Specifications for concrete aggregates.
7
A retração do agregado está ligada à sua capacidade de absorver água e para as rochas ígneas ou metamórficas, como o granito, gnaisse,
basalto, etc, e mesmo o calcário, é desprezível. Entretanto, para algumas rochas sedimentares, concreções lateríticas e agregados leves - artifici-
ais ou naturais - a retração pode atingir níveis importantes.
Para o módulo de deformação do concreto, os agregados em geral apresentam forte influência, mas
para os agregados oriundos de rocha a diferença relativa em função das características mineralógi-
cas não promove mudanças a ponto de causar algum tipo de preocupação para a grande maioria
dos casos.
Já a resistência à tração na flexão é bastante afetada pela natureza mineralógica, forma geométrica
e textura superficial dos grãos. Concretos executados com agregados lisos, como o seixo rolado,
apresentam resistência à tração na flexão invariavelmente mais baixas do que quando feitos com
agregados texturados
(Bucher & Rodrigues, 1983)
.
Agregados basálticos, em função basicamente da forma dos grãos - alongados - geram concretos
menos resistentes (tração na flexão) do que os graníticos. Essa característica impõe limites severos
no fator de forma dos grãos - que nada mais é do que a relação entre a sua maior dimensão (com-
primento) e a menor (espessura). Para concretos convencionais o limite normalizado é 3, mas quan-
do se exige resistência à tração na flexão, deve-se buscar valores mais baixos.
Resumidamente as principais recomendações para a escolha do agregado graúdo são
(Pitta & Car-
valho e Rodrigues, 1981)
:
a - Dimensão máxima característica entre 1/4 e 1/5 da espessura do pavimento;
b - Fator de forma inferior a 3, preferencialmente o mais próximo à forma cúbica;
c - Agregado lavado, sem a presença de materiais pulverulentos;
d - O agregado deverá ser preferencialmente britado.
Em função da limitação da dimensão máxima e espessura da placa, geralmente é empregada, no
máximo, a brita 2, com misturas com a 0 e 1. As granulometrias dessas faixas são apresentadas na
figura 3.5
e as outras restrições, na
figura 3.6 (ABNT, 1983)
.
34
1...,22,23,24,25,26,27,28,29,30,31 33,34,35,36,37,38,39,40,41,42,...101