REVISTA CONCRETO
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PAVIMENTOS DE CONCRETO
Como é sabido, as barras de transferência
devem ser metade isoladas, normalmente pintadas
e engraxadas, de modo a permitir a movimentação
horizontal e restringir a vertical. Recentemente, ti-
vemos a oportunidade de executar ensaios do tipo
FWD – falling weight deflectometer – com aplicação
de 40 kN de carga, para avaliação de um piso indus-
trial com 12cm de espessura, reforçado com fibras
de aço. As deflexões médias no interior das placas
foram de 0,3mm e nas juntas protegidas com barras
de transferência, 0,5mm.
Para deflexões tão pequenas, até excesso de
graxa nas barras irá prejudicar o comportamento
estrutural do piso, fazendo com que a junta trabalhe
como se as barras não existissem. No mesmo grupo
de ensaios, foi verificada uma junta de construção
cujas barras de transferência haviam sido retiradas
para facilitar a remoção da forma – prática lamen-
tável e freqüentemente empregada por muitos
executores – e encontrou-se deformações entre 0,8
a 0,9mm; neste caso, pode-se afirmar que as barras
não estão atuando mais como elementos de trans-
ferência de carga.
Posteriormente as juntas devem ser tratadas
com materiais apropriados. No caso do tráfego de
empilhadeiras de rodas rígidas, é necessário preen-
chê-las com matéria semi-rígida, normalmente o
epóxi, com dureza Shore A de 80. Neste caso é ne-
cessário que ele se apóie no fundo do reservatório,
pois a sua aderência com o concreto é pequena.
Controle da planicidade
A qualidade superficial do piso é um critério
importante para o seu desempenho, garantindo o trá-
fego suave dos equipamentos e facilitando a instalação
de equipamentos e sistemas de armazenagem. Para ca-
racterizá-la são empregados os índices F
F
e F
L
relativos a
planicidadeeaonivelamento; este representaa relativa
conformidade com o plano horizontal e quanto maior
ele for, mais próximo ao plano horizontal será o piso.
O índice de planicidade mede as ondulações
superficiais, que podem ser associadas a ondas, com
freqüência e amplitude. Quanto mais elevado, mais
plana é a superfície. A tabela 3 indica os valores em
função da utilização do piso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
– NBR-6122 – Projeto e Execução de Fundações
– ACI - American Concrete Institute: Guide for Concrete Floor and Slab Construction (ACI 302.1R-04).
Detroit, USA, 2004
– Holt, Erika E.: Where Did These Cracks Come From? Concrete International, pages 57 to 60, 2000.
– Quiroga, P. N., et al: Concrete Mixtures with High Microfines. ACI Materials Journal July/August 2006.
– Pinto, Carlos de Sousa: Curso Básico de Mecânica dos Solos. Oficina de Textos, 2ª Edição, SP, 2002.
– Rodrigues, Públio Penna F.; Botacini, Silvia M; Gasparetto, Wagner E.: Manual Gerdau de Pisos Industriais.
São Paulo, editora Pini, 2006.
– Yoder, E. J. e Witczak, M. W. Principles of Pavement Design. 2.ed. John Wiley, New York, 1975.
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