Ensaios de Testemunhos de Concreto: fáceis de realizar, difíceis de interpretar
O título acima é a tradução livre do título do interessante artigo do engenheiro inglês Adam Neville
(Core Tests: Easy to Perform, Not Easy to Interpret) que indica um dilema que os engenheiros são
obrigados a enfrentar quando há necessidade de extrair testemunhos do piso de concreto e
posteriormente analisá-los, pois essa tarefa é por vezes complexa e não tão clara. Pode ser que nem
haja esse dilema, pois alguns de nossos colegas costumam associar imediatamente o resultado
obtido com a qualidade do concreto, o que nem sempre é correto.
Por que extraímos testemunhos do concreto? Pode ser por diversas razões, como verificar a
qualidade da concretagem, determinar a altura do piso etc., mas a principal delas é para determinar
a resistência do concreto, quer seja porque os ensaios de controle ficaram não conformes, ou porque
há faltas de registro de um piso antigo e que agora terá nova função ou carregamento. Mas quando o
ensaio é feito, ele é plenamente confiável ou há outros parâmetros que devemos ter em mente?
Esse é um ponto crucial na análise dos resultados. Primeiramente, vamos comparar os testemunhos
extraídos com os corpos de prova moldados durante o lançamento do concreto. Neste caso, é
coletada uma amostra representativa do caminhão betoneira, devidamente homogeneizado, com a
qual será moldada uma série de corpos de prova, constituídos por exemplares de pelo menos 2
corpos de prova, que serão rompidos a uma idade pré-determinada.
Após a ruptura, a resistência daquele exemplar é tomada como sendo a maior das resistências dos
dois (ou mais) corpos de prova. Por que isso é feito? Devido às condições em que os corpos de prova
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