Alternativamente, pode-se arbitrar uma determinada capacidade de
transferência de carga na junta, menor do que a ideal, e então promover um
reforço em uma faixa de pelo menos 50cm de largura. Esse procedimento é
recomendável principalmente nas juntas longitudinais do pavimento.
Por exemplo, no caso de uma junta longitudinal dotada de mecanismos de
transferência de carga: se estes fossem 100% eficientes, quando a carga
tangencia a junta, 50% dos esforços seriam transferidos para a placa contígua
e, nesse caso, os esforços atuantes seriam iguais aos que ocorrem no interior
da placa.
Nem sempre essa situação acontece, havendo casos em que os mecanismos
de transferência não são plenamente eficientes. Isto ocorrendo, deve-se
arbitrar uma taxa de eficiência da junta, armando a placa para absorver o
restante dos esforços. Esses esforços podem ser tomados como sendo:
onde:
M b é o momento na borda livre da placa
é a eficiência da junta (%)
Portanto, quando a eficiência da junta for 100%, o momento atuante iguala-se
ao interior da placa. Na ausência de dados mais específicos, é recomendável
considerar a eficiência da junta em 45%; neste caso, o momento atuante nesta
será 0,75 M b .
4. Análise da sub-base
As sub-bases que podem ser empregadas com o pavimento de concreto
estruturalmente armados são as mesmas tradicionalmente utilizadas com o
pavimento de concreto simples.
As considerações relativas à erosão da sub-base e às movimentações verticais
diferenciais do solo devem ser feitas admitindo uma determinada perda de
suporte, isto é, uma redução no coeficiente de recalque k, função do tipo de
sub-base que está sendo empregada, de acordo com a tabela 2 (10) . O valor
reduzido k r é determinado com auxílio da figura 7.
1...,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17 19,20